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Registo de Atividades

O projecto prevê a realização de actividades de capacitação temáticas dirigidas aos elementos das equipas técnicas dos GAL parceiros, assim como de outros actores locais dos territórios que estes entendam envolver, na temática dos sistemas alimentares locais sustentáveis.

Neste sentido, serão realizadas duas ações virtuais de capacitação basilar para estabelecer um entendimento comum sobre o sentido das transformações visionadas para os territórios, enformando o desenvolvimento de todas as atividades posteriores, sendo a primeira destinada a quadros técnicos das entidades parceiras e do poder público dos territórios envolvidos, e a segunda para todos os atores relevantes da sociedade civil mobilizados.

A primeira ação terá como objetivo consensualizar uma visão e conceitos sobre sistemas alimentares sustentáveis e resilientes tendo em conta abordagens internacionais reconhecidas e validadas pelos Estados-Membro dos territórios participantes no projeto e construir capacidades de facilitadores territoriais para processos participativos de diagnóstico e construção de planos de ação inter-setoriais para promoção de sistemas alimentares sustentáveis. A segunda ação terá como objetivo formar os parceiros da operação e outros grupos e organizações locais da sociedade civil.

CURSO AVANÇADO EM SISTEMAS ALIMENTARES SUSTENTÁVEIS (SAS)

Durante o período de 7 de julho a 6 de outubro de 2022, foi ministrado em formato online através da plataforma ZOOM, um curso em Sistemas Alimentares Territoriais e Sustentáveis, pela Vagari, Lda., entidade consultora com experiência de trabalho desenvolvida nesta temática dos SAS, em vários territórios quer em Portugal quer em outros países.

Esta capacitação destinou-se aos elementos das equipas técnicas dos GAL parceiros envolvidas no projecto, assim como também foi alargada a outros actores dos territórios com interesse ou intervenção em acções ou iniciativas relacionadas com a dinamização de SAS.

A ação de formação foi dividida em três etapas: i) redação dos materiais de formação; ii) sessões on-line e iii) tutoria on-line.e preconizou atingir os seguintes objectivos:

  • Entender a importância de tornar os sistemas alimentares mais sustentáveis;
  • Conhecer o estado da arte do debate sobre sistemas alimentares sustentáveis;
  • Compreender a importância e complexidade da boa governança num SAS incluindo mecanismos diálogo e cordenação multi-atores e inter-sectoriais;
  • Dinamizar um diagnóstico rápido do sistema alimentar territorial nos seus territórios de atuação.

Deste curso resultou como produto final um Manual de Formação, assim como alguns trabalhos de grupo realizados pelas equipas dos vários GAL parceiros.

 

CAPACITAÇÃO À DISTÂNCIA EM CONSERVAÇÃO DE RECURSOS GENÉTICOS VEGETAIS

Durante o período de 7 de julho a 6 de outubro de 2022, foi ministrado em formato online através da plataforma ZOOM, um curso em Sistemas Alimentares Territoriais e Sustentáveis, pela Vagari, Lda., entidade consultora com experiência de trabalho desenvolvida nesta temática dos SAS, em vários territórios quer em Portugal quer em outros países.

Esta capacitação destinou-se aos elementos das equipas técnicas dos GAL parceiros envolvidas no projecto, assim como também foi alargada a outros actores dos territórios com interesse ou intervenção em acções ou iniciativas relacionadas com a dinamização de SAS.

A ação de formação foi dividida em três etapas: i) redação dos materiais de formação; ii) sessões on-line e iii) tutoria on-line.e preconizou atingir os seguintes objectivos:

  • Entender a importância de tornar os sistemas alimentares mais sustentáveis;
  • Conhecer o estado da arte do debate sobre sistemas alimentares sustentáveis;
  • Compreender a importância e complexidade da boa governança num SAS incluindo mecanismos diálogo e cordenação multi-atores e inter-sectoriais;
  • Dinamizar um diagnóstico rápido do sistema alimentar territorial nos seus territórios de atuação.

Deste curso resultou como produto final um Manual de Formação, assim como alguns trabalhos de grupo realizados pelas equipas dos vários GAL parceiros.

Esta acção de capacitação à distância decorreu entre 26 de fevereiro e 11 de março de 2024, tendo sido ministrada pelo INIAV-Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P, e teve como destinatários prioritários os técnicos do CIAT – Centro de Investigação Agronómica e Tecnológica de S. Tomé e Príncipe, dado que é esta entidade a responsável pela caracterização e preservação dos recursos genéticos vegetais daquele país, tendo esta sido previamente identificada no decurso do diagnóstico realizado durante a primeira visista de cooperação realizada na fase de preparação deste projecto de cooperação.

O programa desta acção de capacitação englobou os seguintes conteúdos:

  • Itinerário para a conservação de semente
  • Determinação da viabilidade das sementes e monitorização da qualidade das sementes
  • Conservação de recursos genéticos vegetais
    • Conservação de sementes
      1. Coleção Ativa
      2. Coleção Base

Conservação in vitro e crio

Conservação em coleção de campo

WORKSHOP: Contratos Públicos para compras Locais e Sustentáveis nas cantinas de restauração coletiva

Os parceiros do projeto de cooperação transnacional SAL – Sistemas Alimentares Locais, liderado pela ATAHCA e que envolve seis Grupos de Ação Local, promoveram em Torres Vedras, no dia 6 de novembro do corrente, o Workshop “Contratos Públicos para compras locais e sustentáveis nas cantinas de restauração coletiva”, que contou com a participação de cerca de meia centena de participantes e foi organizado pelo GAL anfitrião da LEADER OESTE em colaboração com o Município de Torres Vedras.

O intercâmbio de experiências e boas práticas teve início com visitas e almoço na Cantina da Escola Secundária Henriques Nogueira, que diariamente recebe produtos frescos, locais e biológicos e disponibiliza refeições com, pelo menos, 80% de matéria prima biológica.

Durante a tarde, um painel técnico facilitado pela LEADER Oeste, anfitriã do Encontro, proporcionou a apresentação e discussão de boas práticas e desafios. Após uma apresentação de boas práticas procedimentais na elaboração de contratos públicos para compras locais e sustentáveis nas cantigas de restauração coletiva, pela advogada Daniela Sequeira, foi apresentado o Programa de Sustentabilidade na Alimentação Escolar (PSAE) daquele concelho, que tem vindo a contribuir para a economia local, com a aquisição de produtos frescos de origem local, tendo em conta a sazonalidade, integrando frutas e legumes de origem biológica e dando preferência a entrega de produtos a granel. Este programa proporciona refeições de elevada qualidade, não só pela matéria-prima, como também pelo modelo de confeção e distribuição, e contribui para a educação para a saúde e ambiente, através da promoção de hábitos alimentares saudáveis.

Neste contexto, Inês Morais (técnica do Município de Torres Vedras, membro da equipa do PSAE) ilustrou como o Município responde ao eixo de aquisição de bens alimentares, nomeadamente, no que respeita os critérios de adjudicação (preço, amostras para avaliação de qualidade, fichas técnicas de produto, frescura, entregas através de transporte sustentável). O grande trunfo para o sucesso de iniciativas como esta prende-se, em grande medida, como destacou Inês Morais, com o compromisso efetivo por parte dos decisores políticos.

À questão colocada pela especialista Maria José Ilhéu “Poderá a autarquia influenciar a oferta alimentar a nível local?”, Torres Vedras responde com resultados e boas práticas, através do desenvolvimento de uma estratégia alimentar integrada que passa sobretudo por “educar a procura”, através de refeições escolares pela promoção dos produtos locais, frescos e de qualidade, na expectativa que “estas crianças sejam no futuro adultos mais responsáveis, mais conscientes, que façam escolhas mais sustentáveis”. Maria José Ilhéu detalhou mecanismos de introdução de critérios de qualidade sustentabilidade e proximidade nos procedimentos de contratação pública de produtos escolares e ilustrou algumas importantes disposições do Código de Contratação Pública, facilitadoras de abastecimento de proximidade, que poderão – e deverão – ser utilizadas pelos municípios empenhados na transição para sistemas alimentares mais sustentáveis.

Como sublinhou Paulo Pereira, da ATAHCA, “nunca se falou tanto de alimentação local, saudável e sustentável como agora” e isso deve-se, indiscutivelmente, ao papel que o Programa de Sustentabilidade na Alimentação Escolar tem tido e a ações de sensibilização, capacitação e intercâmbio de boas práticas como esta, que projetos como o SAL – Sistemas Alimentares Locais têm promovido.

Apresentações e documentação de apoio do Workshop:

→Apresentação de Daniela Sequeira (Legislação Contratação Pública);

→ Apresentação de Maria José Ilhéu (CCP em Compras Públicas em Cantinas)

Apresentação de Inês Morais (PSAE – Torres Vedras)

Critérios de Adjudicação Ecológicos do PSAE

 

 

 

 

No âmbito do projecto estão previstas actividades e acções de Intercâmbio de conhecimentos e benchmarking entre os vários territórios, que permitam mobilizar e fortalecer o trabalho em parceria e em rede, assim como a partilha de experiências e informações entre os vários agentes territoriais ligados à produção, transformação e comercialização de produtos agrícolas locais.

Todos os atores envolvidos na implementação do projeto ou que participem das suas atividades serão permanentemente envolvidos com base numa abordagem de “aprender fazendo” através da partilha permanente de informação e dos produtos na plataforma virtual e da realização de intercâmbios de conhecimentos específicos, nas áreas de políticas públicas e governança, agricultura familiar, alimentação escolar e saúde, compras públicas, redes de comercialização de proximidade e outras áreas temáticas associadas aos objetivos do projeto. Estes intercâmbios à distância poderão também tomar a forma de webinares com participação alargada, dentro dos temas desenvolvidos na operação.

 

Adicionalmente àqueles intercâmbios digitais, será realizado um intercâmbio presencial em São Tomé e Príncipe (previsto para 2024), complementando e aprofundando in situ o trabalho de capacitação e coaching entretanto realizado à distância para montagem das redes de comercialização em São Tomé e Príncipe e fortalecendo, assim, os laços entre os parceiros, apoiando a própria sustentação da parceria a longo-prazo.

Aquando da ação de levantamento de recursos genéticos relevantes para a segurança alimentar e nutricional em São Tomé e Príncipe e respetiva formação pelo Banco Português de Germoplasma Vegetal, será realizado um intercâmbio entre esta entidade e a sua congénere São Tomense, o Centro de Investigação Agronómica e Tecnológica. Tal ação será aberta ao parceiro local, a agricultores e outros atores locais relevantes

Desta forma, as atividades em implementação em cada um dos cinco territórios beneficiarão, em simultâneo, dos conhecimentos adquiridos nos demais territórios, a partir de ações de benchmarking.

Serão realizados eventos presenciais locais, que permitam apresentar, divulgar e dinamizar a temática do projecto junto dos agricultores e suas organizações, autoridades locais relevantes, lideranças das entidades parceiras e outros convidados ligados a esta temática. Estas reuniões locais visam mobilizar o apoio social, político e operacional necessário ao bom desenvolvimento das atividades previstas no projeto e também promover a apropriação dos objetivos da operação pelos atores locais visando criar ambientes institucionais favoráveis à sua dinamização e sustentação a longo-prazo.

Em cada território, os atores locais relevantes serão mobilizados a participarem no projeto, particularmente os grupos e as organizações da sociedade civil, organizadas em redes, formais ou informais, vinculadas aos temas da segurança alimentar e sistemas alimentares sustentáveis. Nos territórios onde não existam estas redes organizadas serão convidados os atores e organizações representativas dos diversos grupos de interesse (agricultores, consumidores, entre outros) a envolverem-se na implementação do projeto. Todos poderão participar da área reservada ao intercâmbio de conhecimentos.

SEMINÁRIO – “UM DIA À VOLTA DOS SISTEMAS ALIMENTARES LOCAIS”

A ATAHCA na qualidade de entidade organizou em parceria com o Banco Português de Germoplasma Vegetal, Polo do INIAV, no dia 19 de abril de 2023, nas instalações desta instituição em Merelim S.Pedro, Braga, o Seminário “Um dia à volta dos Sistemas Alimentares Locais” no âmbito do projecto de cooperação transnacional SAL.

Este encontro juntou agricultoras e agricultores, associações de desenvolvimento parceiras do projecto, técnicos, investigadores e representantes do poder local, que discutiram a importância de políticas públicas sólidas e consensualizadas entre os diferentes atores, que permitam a transição para sistemas alimentares locais sustentáveis, assente na conservação e valorização de recursos genéticos locais, como forma de valorização da produção local, dos territórios e dos sistemas alimentares decorrentes.

Face às complexas e intrincadas relações entre os múltiplos setores para a sustentabilidade dos sistemas alimentares (incluindo, agrícola, coesão territorial, saúde, educação, turismo…), foi sublinhada a importância de espaços institucionalizados de concertação locais, onde os múltiplos atores negociem, formulem e acompanhem a implementação de políticas públicas multi-setoriais, a partir de estratégias de intervenção partilhadas de promoção dos sistemas alimentares locais. Como sublinhou Paulo Pereira técnico do GAL da ATAHCA e José Mota Alves, Presidente da Direcção desta associação, “é necessário criar um ambiente institucional favorável à transição para sistemas alimentares locais sustentáveis, desempenhando aqui o poder local um papel fundamental.

A partir da apresentação de projetos e iniciativas para a promoção de sistemas alimentares sustentáveis em diferentes territórios (Cávado com Sabor, Cooperar em Circuitos Curtos – 3C, SAL – Sistemas Alimentares, Valorização dos produtos locais por via da gastromonia), de visitas ao BPGV e de oficinas facilitadas pela equipa técnica daquele organismo, foi destacada a centralidade da conservação e valorização dos recursos genéticos, dos territórios, dos seus usos e da sua contribuição para a sustentabilidade ambiental, social e económica dos sistemas alimentares locais. Nas palavras de Ana Maria Barata, Diretora do BPGV, “as novas gerações estão a perder memória sensorial, por isso mais difícil ainda será lutar por paladares que desconhecem, por territórios e sistemas a eles associados”.

A importância da educação alimentar, de “trazer a sustentabilidade para a mesa” e de políticas públicas que reconheçam e valorizem a centralidade da conservação e valorização destes sistemas foi reforçada na mesa de discussão final, onde agricultoras presentes partilharam os desafios enfrentados para produzir variedades locais e fazer chegar aos mercados frequentemente desatentos e hostis às heterogeneidades próprias da produção familiar, e às atuais dinâmicas demográfica e social desafiantes enfrentadas.

O projecto de cooperação transnacional SAL, é constituído por uma parceria dos grupos de acção local da ATAHCA (entidade coordenadora), ADREPES, A2S, LEADER OESTE, PINHAL MAIOR, ADL e associação de S. Tomé e Príncipe ADAPPA, sendo cofinanciado pelo FEADER através da Medida 10.3 do PDR 2020.

 

ENCONTRO DE REFLEXÃO SOBRE A VALORIZAÇÃO DA MAÇÃ CAMOESA DE SESIMBRA

No âmbito do projeto de cooperação Sistemas Alimentares Locais, financiado pela Medida LEADER do PDR 2020, a ADREPES em parceria com o Município de Sesimbra, encontram-se a trabalhar numa estratégia de valorização do recurso endógeno Maçã Camoesa, também conhecida por Maçã Férrea da Azóia.
Com esse intuito, a ADREPES organizou no dia 12 de março de 2924 dois momentos de reflexão sobre este recurso endógeno.
Durante a manhã, uma reunião, no Centro de Apoio à Incubação de Empresas de Sesimbra, juntou técnicos da ADREPES, do Município de Sesimbra, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, da Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural e do Banco Português de Germoplasma Vegetal, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária. Durante a reunião foram discutidos os procedimentos inerentes à preparação de um caderno de especificações técnicas da Maçã Camoesa, bem como a possibilidade de criar uma DOP – Denominação de Origem Protegida.
Foi ainda realizada uma visita à Quinta da Camoesa do produtor António Santos, uma das explorações agrícolas com o pomar mais antigo de maçã Camoesa. Nesta visita estiveram presentes vários produtores que partilharam as suas histórias e expectativas sobre o futuro da produção e comercialização da maçã Camoesa.
Recorde-se que a Maçã Camoesa ou Férrea da Azóia é uma variedade tradicional do concelho de Sesimbra, produzida na freguesia do Castelo com a caraterística de ser colhida em setembro e ficar a amadurecer durante algumas semanas, para ser consumida no inverno. Distingue-se pela mancha avermelhada na face de maior incidência do sol, pela polpa ácida de cor branca e consistente.
A Câmara Municipal de Sesimbra iniciou uma campanha de sensibilização junto dos produtores para promover o cultivo desta variedade. Em 2012, o Município registou a marca e, no ano seguinte, realizou a 1ª Mostra de Maçã Camoesa na Moagem de Sampaio, dando assim início ao plano de promoção junto dos produtores e do público em geral.

 

 

A importância da educação alimentar, de “trazer a sustentabilidade para a mesa” e de políticas públicas que reconheçam e valorizem a centralidade da conservação e valorização destes sistemas foi reforçada na mesa de discussão final, onde agricultoras presentes partilharam os desafios enfrentados para produzir variedades locais e fazer chegar aos mercados frequentemente desatentos e hostis às heterogeneidades próprias da produção familiar, e às atuais dinâmicas demográfica e social desafiantes enfrentadas.

O projecto de cooperação transnacional SAL, é constituído por uma parceria dos grupos de acção local da ATAHCA (entidade coordenadora), ADREPES, A2S, LEADER OESTE, PINHAL MAIOR, ADL e associação de S. Tomé e Príncipe ADAPPA, sendo cofinanciado pelo FEADER através da Medida 10.3 do PDR 2020.

 

ENCONTRO: OS PRODUTOS TRADICIONAIS-LARANJA DE AMARES & MAÇÃ PORTA DA LOJA – “COMO PRESERVAR E VALORIZAR?”

No âmbito do projecto de cooperação SAL- Sistemas Alimentares Locais, a ATAHCA em  parceria com o INIAV organizaram um Encontro  sobre OS  PRODUTOS TRADICIONAIS-LARANJA DE AMARES & MAÇÃ PORTA DA LOJA – COMO PRESERVAR E VALORIZAR?”,  o qual decorreu no dia 4 de julho de 2024 a partir das 14,30h, nas instalações do Banco Português de Germoplasma Vegetal na Qtª. S. José em Merelim S. Pedro – Braga.

Pretendeu-se com este encontro dinamizar a partilha de boas práticas e a troca de informações,  experiências e conhecimentos nesta temática, assim como promover uma reflexão e um maior envolvimento nesta temática de todos os intervenientes nas respectivas fileiras (produtores, organizações de produtores, técnicos, entidades ligadas ao sector agrário, municípios, instituições de ensino de investigação, consumidores, etc).

 

ADREPES PROMOVEU VISITA TÉCNICA DE PRODUTORES

No dia 21 de outubro, a ADREPES associou-se ao Município de Sesimbra numa visita técnica à Estação Nacional de Fruticultura Vieira Natividade (ENFVN) e à Central Fruteira CooperFrutas.
A visita contou com a presença de 33 participantes, a maioria produtores de maçã camoesa, que puderam conhecer o trabalho desenvolvido no Pólo de Inovação de Alcobaça – ENFVN, que integra um conjunto de laboratórios dedicados à cadeia de valor da área da fruticultura, assumindo um papel central no domínio da promoção e da conservação dos recursos genéticos frutícolas.
O Eng.º Rui de Sousa, fez um breve enquadramento do Pólo de Inovação de Alcobaça e apresentou algumas notas e orientações específicas sobre a produção da maçã camoesa, seguindo-se uma exemplificação em laboratório da determinação da qualidade das maçãs pela Eng.ª Cláudia Sánchez.
Prosseguiu-se a visita à coleção de macieiras regionais com breves explicações sobre as diversas variedades tradicionais e visita técnica sobre as novas tecnologias de produção sob a orientação do Eng.º Miguel Leão, que explicou os vários testes e ensaios desenvolvidos pela ENFVN, em particular no que toca aos sistemas de condução, polinização, aplicação de biofertilizantes e estudos relacionados com as adaptações climáticas.
No final do dia, foi realizada uma visita à central fruteira da CooperFrutas, uma Organização de Produtores (OP), que criou uma unidade dimensionada à medida das suas capacidades produtivas e tecnicamente apetrechada para manter a qualidade dos seus produtos desde a produção até ao cliente final.
A visita técnica foi realizada no Dia Internacional da Maçã e insere-se nas atividades do projeto de cooperação Sistemas Alimentares Locais, financiado pela Medida LEADER do PDR 2020.

 

 

ADREPES PROMOVE LEVANTAMENTO DE EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS DE MAÇÃ CAMOESA DE SESIMBRA

Na Semana Nacional da Sustentabilidade, a ADREPES em parceria com o Município de Sesimbra encontra-se a visitar os produtores de Maçã Camoesa com o objetivo de proceder à caraterização das suas explorações agrícolas.
A Maçã Camoesa, também conhecida como Férrea da Azóia tem assumido um destaque especial no sistema alimentar do concelho de Sesimbra, sendo uma variedade muito valorizada comercialmente e com caraterísticas nutricionais únicas, tendo sido identificada como uma espécie de elevado interesse ao nível da preservação e dinamização do Sistema Alimentar Local (SAL).
Os SAL constituem, nos tempos que correm, um dos alicerces do Processo de Transição Alimentar. Este processo em sinergia com os da Transição Ecológica e da Transição Energética vêm assumindo lugar de destaque nas agendas do desenvolvimento sustentável da União Europeia e das Nações Unidas, como é exemplo a Estratégia Europeia “Do Campo ao Prato”.
Estas agendas preconizam satisfazer a procura de alimentos produzidos e consumidos localmente e de forma sustentável, do ponto de vista ambiental, social e económico, com qualidade nutritiva, organolética e segurança alimentar e, deste modo, ultrapassar os impactos ambientais, económicos e sociais negativos do modelo agroalimentar industrial global alterando o seu paradigma.
Um dos elementos chave no futuro para o processo de transição alimentar é a participação ativa dos produtores como uma das partes interessadas, juntamente com os consumidores e outras entidades coletivas locais, na definição e verificação de formas colaborativas, de um sistema local de produção e consumo baseado em tecnologias agrícolas ambientalmente sustentáveis, e assente em normas específicas e adaptadas à realidade territorial.
É neste contexto que a ADREPES através do projeto de cooperação Sistemas Alimentares Locais, financiado pela Medida LEADER do PDR 2020, está a realizar o levantamento do sistema produtivo e comercial da Maçã Camoesa, com o intuito de definir estratégias para a sua valorização.
Para mais informações contacte:
adrepes@adrepes.pt; 212 337 930

 

 

Em cinco dos territórios paceiros será efetuado, com o apoio do Banco Português de Germoplasma Vegetal/INIAV, um levantamento dos recursos genéticos endógenos e a sua valia para a segurança alimentar e nutricional, incluindo a respetiva composição nutricional. Esta “arca” da biodiversidade atlântica será materializada numa publicação, assim como um plano para a sua preservação e valorização.

Esta informação será disponibilizada para que possa ser utilizada na construção de capacidades dos agricultores familiares, consumidores e decisores políticos. Do conjunto de planos de preservação, emergem recomendações para possíveis actividades de apoio à preservação dinâmica e valorização destes produtos alimentares.

Para este levantamento já foram previamente identificados em cada um dos territórios parceiros, produtos tradicionais agrícolas com um inegável valor genético, agrícola, nutricional, histórico e cultural, são produtos já cultivados por muitas gerações de agricultores, cujas sementes, plantas e árvores tem vindo a ser sucessivamente conservadas, por um cada vez menor número de agricultores, correndo muitos deles sérios riscos de extinção caso nada seja feito para os preservar e valorizar. Estamos a falar por exemplo das maçãs Porta da Loja, Riscadinha de Palmela, Camoesa e Reineta, as laranjas de Amares e Moscatel de Setúbal, os feijões Moleiro e Miúdo, o pêssego Rosa, o pêro Rapinau, o abrunho e os morangos de Colares e do Sobral da Abelheira, o limão de Mafra e a pera Rocha.

A parceria deste projecto incluirá também um conjunto de actividades de dinamização, divulgação e disseminação que incluirão as reuniões de trabalho entre parceiros e de troca de experiências, a criação de um microsite com todos os conteúdos do projecto, gestão partilhada por todos os parceiros e área reservada, acções de replicação e sistematização dos resultados e lições aprendidas nos territórios e sua consolidação em material de divulgação e visibilidade do projeto para disseminação, incluindo recomendações sociais e de política para escalabilidade e apresentação em fóruns e outros eventos de governança nacional e regional, e ainda acções de monitorização e avaliação.