ATAHCA – Associação de Desenvolvimento das Terras Altas do Homem, Cávado e Ave
A ATAHCA é parceira em projetos de cooperação interterritorial e transnacional com outras entidades em áreas diversificadas que vão desde a dinamização de áreas do turismo rural e religioso, recursos naturais, produtos tradicionais, comercialização de proximidade, artesanato, indústrias criativas e gastronomia tradicional.
A implementação destas iniciativas tem permitido a troca de experiências, a transferência de “know how” entre os agentes económicos, sociais, culturais e técnicos dos territórios, assim como a aplicação prática de metodologias, produtos e serviços resultantes das várias atividades desenvolvidas. Destaca-se a iniciativa PROVE, de comercialização de produtos agrícolas em circuitos curtos, com a qual foi possível agregar cerca de 170 produtores agrícolas de todo o país em torno de um conceito comum de comercialização de proximidade, escoando diretamente todas as semanas os seus produtos junto de milhares de consumidores finais. Este projeto de cooperação foi premiado pela União Europeia em 2013, pelo seu caráter inovador, prático e pela capacidade de gerar retorno positivo junto dos destinatários (produtores e consumidores).
A cooperação e a troca de experiências com outros atores e territórios é um dos objetivos estratégicos da Estratégia de Desenvolvimento Local (EDL) do GAL, visando “promover a valorização e a dinamização dos activos territoriais numa lógica sustentável e duradoura” e, enquanto objetivo operacional, “promover parcerias, o trabalho em rede e a cooperação institucional interna e externa” através da implementação de iniciativas e projetos de cooperação interterritorial e transnacional, que permitam transferir conhecimentos, boas práticas e promover o benchmarking territorial. A cooperação em matéria de aprofundamento da temática dos circuitos curtos também é uma das prioridades apontadas na EDL, visando aprofundar, alargar e diversificar as formas e modalidades de comercialização já iniciadas com o projeto de comercialização de proximidade PROVE, de modo a disseminar e rentabilizar os conhecimentos e boas práticas desta iniciativa junto de outros atores e territórios.
Quanto ao histórico de capital de troca de experiências e de estabelecimento de parcerias em iniciativas de cooperação onde a ATAHCA teve um papel preponderante e o território do Cávado e os seus agentes locais foram os principais beneficiários, destacam-se: projecto BIORED; Aldeias de Portugal; Portugal Rural; 7 Maravilhas da Gastronomia, Territórios Rurais Sustentáveis, ICCER – Indústrias Criativas, PROVE-Minho In, Cooperar em Português; Lusofonia e Desenvolvimento Rural.
A cooperação já faz assim parte no “ADN” da ATAHCA em matéria de desenvolvimento local integrado, assumindo no contexto da sua Estratégia de Desenvolvimento Local (EDL) e do acordo de parceria um papel de particular importância, juntamente com os valores do “Cávado com…vida!”: “Território, Espírito “bottom-up”, Inovação, Trabalho em Rede, Transparência e Rigor”.
ADREPES – Associação de Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal
Associação de direito privado, sem fins lucrativos, que tem como objetivo a promoção e a realização do desenvolvimento rural, costeiro e urbano da Península de Setúbal. Desde 2001, é responsável pela gestão de fundos nacionais e comunitários protocolados com diferentes entidades. Esses financiamentos permitiram apoiar 322 projetos que criaram 258 postos de trabalho e mobilizaram 22 milhões de euros de investimento para a região.
No caso particular da problemática relacionada com a dinamização de sistemas agroalimentares locais, a ADREPES é detentora de um capital de conhecimento resultante da sua experiência na implementação de projetos que se revelaram bem sucedidos e sustentáveis, nomeadamente, o PROVE que corresponde a uma iniciativa de âmbito nacional de apoio ao empreendedorismo social na área dos circuitos curtos agroalimentares, financiado pela Iniciativa Comunitária EQUAL e pela Cooperação LEADER do PRODER, e que recebeu já diversas distinções por parte de instituições nacionais e europeias[1].
A ADREPES desenvolveu e participou também em diversos projetos nacionais e transnacionais ligados à Cooperação do PRODER, do PROMAR e da Rede Rural Nacional, como forma de fomentar a criação de novas soluções e metodologias de intervenção territorial. São exemplo disso: Da Quinta para o Prato; Rede Europeia de Pousadas Equestres; ENOTURIS; Histórias Decantadas; Encurtar Distâncias (comercialização de produtos locais); entre outros, onde a ADREPES assumiu o papel de grupo coordenador.
A aposta dos projetos de cooperação tem sido feita na inovação e diferenciação dos produtos e serviços locais, na articulação entre os atores locais, na organização interna da oferta de produtos e serviços e na definição de uma estratégia de marketing e intervenção territorial comum e única que congregue todos os intervenientes locais.
A integração da ADREPES na rede de parceiros locais, nacionais e internacionais permitirá potenciar sinergias e complementaridades entre os diferentes territórios e experiências e, por conseguinte, com efeito multiplicador no desenvolvimento da Península de Setúbal.
A2S – Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia
A A2S, associação sem fins lucrativos, constitui-se enquanto organização promotora da região saloia, implementa e gere projetos e programas nacionais, da União Europeia ou cofinanciados, para dar resposta aos desafios e objetivos consagrados nos seus estatutos, designadamente: i) Contribuir para a sustentabilidade das economias locais; ii) Facilitar a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida das populações; iii) Apoiar a diversificação das atividades nas explorações agrícolas e ligadas ao mar; iv) Estimular a promoção, preservação e valorização dos recursos ambientais, culturais e patrimoniais endógenos; v) Promover o crescimento e desenvolvimento do turismo local; vi) Incentivar o empreendedorismo e a criação de postos de trabalho; vii) Apoiar a qualificação e capacitação do capital humano.
A intervenção da A2S assenta em lógicas de proximidade e de coesão territorial, experimentação e inovação e, sobretudo, em metodologias participativas com o envolvimento dos atores locais com o objetivo de criar respostas para os desafios sociais, ambientais e económicos do território.
A A2S é reconhecida como Grupo de Ação Local (GAL), tendo-lhe sido atribuída a gestão a medida 10-LEADER do PDR2020 nos concelhos de Loures, Mafra e Sintra. Neste âmbito, viu aprovada a Estratégia de Desenvolvimento Local (EDL) preconizada para o território por mais de 100 entidades representativas dos interesses socioeconómicos da região saloia. Entre os principais objetivos da EDL destaca-se a “promoção e valorização dos produtos locais e de investimentos que visem implementação de circuitos curtos agroalimentares e a comercialização de proximidade”.
Sendo um GAL criado recentemente, no âmbito do atual período de programação, ainda não apresenta histórico relativamente a projetos de cooperação, contudo dispõe de uma equipa técnica com vasta experiência em matéria de cooperação nacional e transnacional, em diversas áreas, com destaque para os Circuitos Curtos Agroalimentares.
PINHAL MAIOR – Associação de Desenvolvimento do Pinhal Interior Sul
A Pinhal Maior tem como objetivo a integração adequada com os espaços e entidades de âmbito regional, nacional e internacional, mediante o apoio e dinamização às atividades produtivas, na área dos recursos humanos, do turismo e património, assumindo como papel incentivar e dotar os produtores, por meio de formação e certificação, a utilizarem as boas práticas de produção em modo biológico, proporcionando assim diferentes métodos agrícolas para além da agricultura convencional.
Como principal foco de dinamização, destaca-se a valorização dos produtos e serviços de qualidade da região do Pinhal e o desenvolvimento do turismo e serviços complementares em meio rural e natural, por meio de iniciativas como Rotas, Festivais, Feiras Mostra e Certames de produtos locais de importância identitária do território como o “Festival Gastronómico do Azeite e do Bacalhau”, “Festival Gastronómico do Maranho”, “Festival Gastronómico do Achigã”, “Feira de Enchidos, o Queijo e o Mel”, “Festival da Cereja e do Limão”, entre outras ações locais de promoção e interligação com outros territórios da cooperação.
No campo da cooperação, a Pinhal Maior tem tido uma posição ativa em Projetos de Cooperação, destacando-se os projetos interterritoriais e transnacionais: i) 7 Maravilhas da Gastronomia: visou promover e salvaguardar o receituário português, garantindo o seu carácter genuíno, promover a exigência dos produtos agrícolas de qualidade e privilegiar a diversidade regional (envolvendo 46 GAL’s nacionais); ii) Portugal Rural: incidiu sobre o desenvolvimento de uma rede sustentável de parceiros com vista à promoção de produtos locais em ambiente rural e urbano (envolvendo 9 GAL’s nacionais); iii) Cooperar em Português: visou conjugar o saber-fazer e os recursos humanos e financeiros oriundos de diferentes territórios rurais, permitindo atingir massa crítica necessária à viabilização dos projetos de cooperação, otimizar e racionalizar recursos e identificar complementaridades para abrir novas oportunidades de mercado e desenvolvimento dos territórios rurais (envolvendo 17 GAL’s nacionais, 9 Parceiros do Brasil, 3 Parceiros de Cabo Verde, 4 Parceiros de Moçambique e 2 Parceiros da Guiné Bissau). Também em parceria com diversas entidades (4 GAL’s de Espanha e 1 GAL da República Checa), a Pinhal Maior prosseguiu no âmbito do Vector 2/ Medida 2 – Cooperação Transnacional de 2006 – Internacionalização de empresas Agro-alimentares – AGROLEADER +, um projeto transnacional para facilitar a internacionalização de pequenas empresas agro-alimentares.
LEADER OESTE – Associação para o Desenvolvimento e Promoção Rural do Oeste
A LEADER OESTE é uma entidade privada, sem fins lucrativos, constituída em 1994 por entidades coletivas de natureza pública e privada, com sede na vila do Cadaval. A associação dinamiza ações ao nível local visando potenciar o desenvolvimento local das freguesias rurais do território de intervenção, e representar e integrar os respetivos sectores socioeconómicos. Para tal, tem integrado diversos programas de nível regional, nacional e europeu em prol do desenvolvimento das zonas rurais, dos quais se destacam a gestão e participação em projetos temáticos de renovação das aldeias, cidadania, ambiente e inclusão social dentro da sub-região do Oeste.
Dentro da temática dos Circuitos de Comercialização (FEADER), a Leader Oeste realizou projetos PROVE, Mercados Ecorurais e Missão Hortofrutícola, nos concelhos de Caldas da Rainha, Alenquer, Torres Vedras e Cadaval que contaram como envolvimento de produtores agrícolas locais e parceiros nacionais e regionais estratégicos. No âmbito da Valorização e Promoção de Produtos Locais (FEADER), participou em feiras, colóquios e mostras regionais, onde estiverem presentes produtores do setor agroalimentar e artesãos da região em parceria com a ANP, Fundação Minha Terra e outros GAL de âmbito nacional.
Paralelamente, a Leader Oeste integra a Bolsa de Terras GEOP, em parceria com a DRAPLVT, Rede Rural e a Federação Minha Terra. É também responsável pela produção de estudos técnicos de âmbitos diversos como o património cultural e ambiental e as energias renováveis, dos quais se destaca a inventariação de 800 Moinhos na sub-região do Oeste. Produziu e patrocinou ainda diversas publicações relativas ao património cultural do território em que se insere.
A Leader Oeste desenvolveu, em parceria com a ADENE, um projeto pioneiro ao nível das energias renováveis, relativo à microprodução de energia para particulares, disponibilizando-se aos interessados para a prestação de apoio na sua implementação. Foi também impulsionadora de um projeto, de seis anos, desenvolvido no âmbito da eficiência energética na iluminação pública.
ADL – Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano
A ADL é uma associação sem fins lucrativos, constituída em dezembro de 1994, a partir de um conjunto de entidades, públicas e privadas, com representatividade alargada de atores do território, com vista a potenciar o desenvolvimento sustentado dos 5 concelhos que compõem o Litoral Alentejano e com a finalidade de valorizar as suas potencialidades num contexto duma política global de dinamização do desenvolvimento rural. Os objetivos estratégicos da ADL traduzem-se na implementação de programas e projetos e consequentemente na dinamização de ações complementares que visam o desenvolvimento rural. A sua Estratégia de Desenvolvimento Local para o Litoral Alentejano assenta nos seguintes eixos estratégicos: valorização económica do Alentejo Litoral; preservação e valorização do património natural e cultural; conhecimento, qualificação e fixação de competências; apoio à inclusão social; cooperação e animação do território; capacitação institucional e trabalho em rede.
Além de projetos com vista à dinamização do território com enfoque no desenvolvimento do turismo e da valorização do território, foram desenvolvidos pelo GAL ADL nos anteriores quadros comunitários, projetos que se ligam com o projeto SAL, designadamente:i) Projeto Reciproco – desenvolvimento de novas formas de organização e consumo, que passam pela reconstrução de uma relação social mais próxima entre agricultores e consumidores. Um conceito foi introduzido em Portugal, em 2002, com a experiência piloto realizada na zona do Poceirão, tendo por base o quadro do projeto URGENTE (financiado pelo Interreg IIIB, implementado pela INDE) e em Odemira no âmbito da ação 8 do Agris, pela TAIPA, Crl (2003) – associada da ADL; ii) PACA – eixo 3 do PRODER – a ADL desenvolveu também atividades de divulgação do conceito RECIPROCO no Litoral Alentejano; atividades de sensibilização para uma alimentação saudável e responsável, nas vertentes, social, ambiental e saúde: iii) Projeto Cabaz do Mar – projeto pioneiro português de circuito curto de comercialização de pescado, apoiado no âmbito do PROMARA ADL; iv) Projeto Cestas da nossa terra – no âmbito do projeto LOCAlidades CLDS-3G, em que a ADL foi a Entidade Coordenadora para o concelho de Santiago do Cacém, visava a promoção e criação de circuitos de produção, divulgação e comercialização de produtos locais e ou regionais de modo a potenciar o território e a empregabilidade, que visa a criação de um circuito curto; v) Missão Hortofrutícola – projeto de cooperação interterritorial em parceria com dois GAL nacionais visando, entre outros objetivos, promover a cooperação entre territórios nacionais com fileiras agrícolas complementares, e destacando-se a participação na Fruit Logistica em Berlim e a criação de material promocional; vi) 7 Maravilha da Gastronomia – Promoveu e divulgou o património gastronómico nacional, os produtos da agricultura e da pesca usados na sua confeção, assim como as ligações aos territórios de origem.
ADAPPA – Acção para o Desenvolvimento Agropecuário e Protecção do Ambiente
Organização não governamental que, desde 2001, tem trabalhado nas áreas de segurança alimentar, nutrição e agroecologia e na facilitação do trabalho em rede e articulação com outros atores. Com sede em Mesquita (São Tomé), a associação tem por objetivo: i) apoiar as pequenas explorações familiares pela difusão de novas técnicas combinadas e o apoio às suas dinâmicas de desenvolvimento para a obtenção de produtos de qualidade comercializáveis e / ou autoconsumíveis; ii) velar pela boa gestão do meio ambiente; iii) lutar contra a pobreza, e pela segurança alimentar e nutricional das populações mais desfavorecidas principalmente as das comunidades rurais; iv) assegurar um desenvolvimento durável pela proteção e a renovação dos recursos naturais principalmente a fertilidade dos solos.
A ADAPPA foi parceiro na implementação do Projeto Descentralizado de Segurança Alimentar I e II (2009-2015), que fortaleceu as capacidades para o tema da Segurança Alimentar e Nutricional e produção de qualidade diferenciada em rede da sociedade civil em São Tomé e Príncipe. Foi ainda parceiro central na execução do Projeto IFSN – Building an International Food Security Network, tendo apoiado a discussão de modelos de mecanismos multi-atores de governança para a Segurança Alimentar e Nutricional e a participação dos produtores agrícolas nesses espaços, e no projeto “FOR.BIO.STP”, tendo contribuído para vincular a agricultura e o meio ambiente e para promover legislação e políticas públicas relevantes em São Tomé e Príncipe.
A ADAPPA exerce atualmente a co-facilitação da RESCSAN-STP (Rede da Sociedade Civil para a Segurança Alimentar e Nutricional de São Tomé e Príncipe) e participa, por essa via, como membro no MSC-CONSAN nas atividades do CONSAN-CPLP. Neste âmbito, a organização colabora de forma próxima com diversas organizações de agricultores, pescadores e outras no seio da CPLP.