No âmbito do projeto de cooperação Sistemas Alimentares Locais, financiado pela Medida LEADER do PDR 2020, a ADREPES em parceria com o Município de Sesimbra, encontram-se a trabalhar numa estratégia de valorização do recurso endógeno Maçã Camoesa, também conhecida por Maçã Férrea da Azóia.
Com esse intuito, a ADREPES organizou no dia 12 de março dois momentos de reflexão sobre este recurso endógeno.
Durante a manhã, uma reunião, no Centro de Apoio à Incubação de Empresas de Sesimbra, juntou técnicos da ADREPES, do Município de Sesimbra, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, da Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural e do Banco Português de Germoplasma Vegetal, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária. Durante a reunião foram discutidos os procedimentos inerentes à preparação de um caderno de especificações técnicas da Maçã Camoesa, bem como a possibilidade de criar uma DOP – Denominação de Origem Protegida.
Foi ainda realizada uma visita à Quinta da Camoesa do produtor António Santos, uma das explorações agrícolas com o pomar mais antigo de maçã Camoesa. Nesta visita estiveram presentes vários produtores que partilharam as suas histórias e expectativas sobre o futuro da produção e comercialização da maçã Camoesa.
Recorde-se que a Maçã Camoesa ou Férrea da Azóia é uma variedade tradicional do concelho de Sesimbra, produzida na freguesia do Castelo com a caraterística de ser colhida em setembro e ficar a amadurecer durante algumas semanas, para ser consumida no inverno. Distingue-se pela mancha avermelhada na face de maior incidência do sol, pela polpa ácida de cor branca e consistente.
A Câmara Municipal de Sesimbra iniciou uma campanha de sensibilização junto dos produtores para promover o cultivo desta variedade. Em 2012, o Município registou a marca e, no ano seguinte, realizou a 1ª Mostra de Maçã Camoesa na Moagem de Sampaio, dando assim início ao plano de promoção junto dos produtores e do público em geral.
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